Estátuas Antigas Tinham Aromas
A aplicação de fragrâncias em esculturas antigas envolvia técnicas sofisticadas, como a ganosis, que utilizava ceras e óleos tanto para preservar a superfície da estátua quanto para conferir fragrância. Os materiais comumente usados nesse processo incluíam azeite de oliva, cera de abelha e perfumes com aroma de rosa, bem como natrão (carbonato de sódio)1, 2. Essas substâncias eram cuidadosamente selecionadas não apenas por suas propriedades aromáticas, mas também por sua capacidade de realçar e proteger a obra de arte. A prática de perfumar estátuas era particularmente prevalente em contextos religiosos, onde servia para honrar divindades e figuras proeminentes, criando uma presença mais imersiva e realista3, 4.
Citações:
- https://greekreporter.com/2025/03/05/greek-statues-paint-dress-perfume/
- https://arkeonews.net/what-if-ancient-statues-smelled-wonderful-the-surprising-secrets-of-greco-roman-sculptures/
- https://www.labrujulaverde.com/en/2025/03/a-study-reveals-that-greek-and-roman-statues-were-not-only-painted-and-adorned-with-textiles-and-jewelry-but-also-perfumed/
- https://phys.org/news/2025-03-god-ancient-sculptures-scented-danish.html

Ritual e Significado Simbólico
A prática de perfumar estátuas tinha um profundo significado ritual e simbólico na cultura greco-romana antiga. Ungir esculturas com óleos perfumados era acreditado como uma forma de realçar sua presença espiritual, fazendo-as parecer mais vivas e conectando os reinos mortal e divino1, 2. Essa dimensão olfativa acrescentava à experiência multissensorial da arte antiga, transformando o mármore estático em objetos dinâmicos de adoração. O uso de aromas específicos, como perfumes de rosa, não era arbitrário, mas parte de uma linguagem simbólica complexa que comunicava reverência e ativava o poder percebido das estátuas dentro dos contextos religiosos3, 4.
Citações:
- https://arkeonews.net/what-if-ancient-statues-smelled-wonderful-the-surprising-secrets-of-greco-roman-sculptures/
- https://www.labrujulaverde.com/en/2025/03/a-study-reveals-that-greek-and-roman-statues-were-not-only-painted-and-adorned-with-textiles-and-jewelry-but-also-perfumed/
- https://greekreporter.com/2025/03/05/greek-statues-paint-dress-perfume/
- https://timesofindia.indiatimes.com/science/smell-like-a-god-ancient-sculptures-were-scented-danish-study-shows/articleshow/119041773.cms
Evidências Arqueológicas de Perfumes
Evidências arqueológicas apoiam o uso de perfumes em estátuas antigas, oferecendo provas concretas dessa prática multissensorial. Vestígios de cera de abelha descobertos no retrato da Rainha Berenice II sugerem que algumas esculturas passaram por banhos de perfume, fornecendo um vínculo direto com relatos históricos1. Além disso, a existência de oficinas de perfume na ilha de Delos indica a produção local de fragrâncias especificamente para fins ritualísticos2. Essas descobertas corroboram os textos e inscrições históricas, demonstrando que a prática de perfumar estátuas não era meramente simbólica, mas um aspecto difundido e tangível da cultura greco-romana antiga.